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Acesso a internet pelas mulheres passa a fazer parte dos objectivos de desenvolvimento sustentável

As tecnologias de informação e de comunicação (TIC) estão cada vez mais presentes no dia-a-dia das sociedades e as mulheres não podiam ficar indiferentes a esta nova realidade. Daí que a Organização das Nações Unidas- ONU colocou as TIC no centro dos seus novos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e também como forma de garantir o empoderamento da Mulher.

De acordo com um estudo desenvolvido pela World Wide Web Foundation “ainda existe um enorme fosso entre os géneros que é preciso reduzir no que diz respeito ao acesso à Internet, às competências digitais e aos direitos online” a mesma organização, desenvolveu no ano passado, uma pesquisa onde constatou que

  • os Direitos das Mulheres Online revelam extrema desigualdade de género e pobreza no empoderamento digital em áreas urbanas pobres em 10 cidades.
  • As mulheres eram 50% menos propensas a estar online do que os homens, e 30 a 50% menos propensas a usar a Internet para o empoderamento económico e político”.

A fim de aferir as causas que estavam por detrás do fraco conhecimento digital por parte das mulheres a pesquisa encontrou as seguintes causas:

  • custos elevados,
  • falta de conhecimento,
  • escassez de conteúdos relevantes e empoderadores para as mulheres
  • obstáculos à livre expressão e privacidade online das mulheres”.

Dos dezessete objectivos já conhecidos, a ONU acrescentou mais este, que contrariamente aos outros tem como meta o ano de 2020, onde se pretende que até esse ano haja um acesso universal e economicamente viável de internet, pois os custos elevados de internet mantêm milhares de milhões de pessoas offline.

De acordo com o mesmo documento, “as mulheres, que globalmente ganham quase 25% menos que os homens são particularmente afectadas pelos altos custos de conexão e, como resultado, enfrentam oportunidades digitais limitadas.

Países como o Uganda e Moçambique, com custos de Internet mais elevados (em proporção do rendimento médio percapita), têm os números mais baixos de mulheres online e as maiores lacunas de género relativamente ao acesso à Internet”.

Aquando da realização do estudo, a organização constatou como principais entraves nas comunidades visitadas o “não saber como” usar a Internet como a principal barreira, mais vastamente citada por mulheres pobres de zonas urbanas que não usam a Internet.

As mulheres inquiridas pela organização afirmaram que valorizam a Internet como um espaço para o acesso seguro e partilha de informações de qualquer tipo, e para se expressarem sem medo. Apesar de ser vital para o ODS 16 – Paz, Justiça e Instituições Fortes – o papel da Internet como um lugar seguro para expressão está a ser menosprezado por um epidémico assédio e violência contra as mulheres online, assim como por uma crescente intrusão no direito à privacidade dos utilizadores da Internet.

Os países já avaliados neste estudo são: Quénia, Uganda, Moçambique, Nigéria, Gana, Egipto, Colômbia, India, Indonésia e Filipinas.

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